Páginas

Mostrando postagens com marcador 1001 Filmes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 1001 Filmes. Mostrar todas as postagens

sábado, 25 de janeiro de 2014

1001 Filmes - O Sexto Sentido


Opaaa... a dica de hoje fica por conta de um suspense daqueles, que como diz no encarte do filme, "o final ninguém mata". Quem é fã Bruce Willis ou simplesmente de excelente suspense, não pode deixar de dar uma espiadinha na dica da Orcione Pereira. Mas atenção, caso ainda não tenha assistido ao filme, o texto tem um pequeno spoiler. É só pular o parágrafo... Bora acompanhar?

O sexto sentido

O sexto sentido (Estados Unidos, 1999, 108 min) é um filme escrito e dirigido por M. Night Shyamalan que teve seis indicações ao Oscar, duas ao Globo de Ouro e foi um sucesso de público tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Trata-se de um suspense que conta a história de Cole Sear (Haley Joel Osment), um menino de nove anos que vê e conversa com os mortos, e do conceituado psicólogo infantil Dr. Malcolm Crowe (Bruce Willis) que se propõe a ajudá-lo.

No início, o filme mostra Malcolm conversando com sua esposa Anna Crowe (Olivia Williams), na casa de ambos, após ter recebido um prêmio em reconhecimento ao seu trabalho na cidade da Filadélfia. Depois, eles descobrem que não estão sozinhos e surge um jovem visivelmente perturbado acusando Malcolm de não tê-lo ajudado quando era criança. O psicólogo o reconhece como sendo um antigo paciente chamado Vicent Gray (Donnie Wahlberg) e este acaba por atirar em Malcolm, se matando logo em seguida.

No outono seguinte, Malcolm começa a trabalhar com o paciente Cole, sempre fazendo analogias entre a sua situação e a de Vicent. Ao mesmo tempo, sua relação com a esposa só vai piorando, o que entristece muito e o deixa, às vezes, com raiva por pensar que ela está tendo um caso com um colega de trabalho. Com o passar do tempo, Malcolm conquista a confiança de Cole que lhe conta o seu segredo, ou seja, que vê pessoas mortas o tempo todo. Em um primeiro momento, Malcolm pensa que o menino pode ter um gravíssimo transtorno, mas depois ao se lembrar do caso de Vicent, ele sugere ao menino que se comunique com os espíritos, desenvolvendo o seu dom.

Mesmo com medo no início, Cole resolve tentar e ajuda a menina Kyra Collins (Mischa Barton) a revelar a verdadeira causa de sua morte no seu funeral. Cole também conta o seu segredo a sua mãe Lynn Sear (Toni Collette), que acredita após o menino lhe fazer revelações sobre sua avó, mãe dela.

SPOILER (clique e arraste) Malcolm retorna a sua casa e encontra a esposa dormindo. Anna deixa cair no chão a aliança dele, fato este que o faz perceber que foi morto por Vicent e que já estava assim durante todo o tempo que ajudou Cole. Ele se despede de sua esposa, conversando da forma como foi aconselhado pelo menino, e diz que a ama terminando, desta forma, os seus assuntos inacabados neste mundo. SPOILER

Mesmo já tendo assistido inúmeras vezes este filme e sabendo de seu final surpreendente, é muito bom perceber o cuidado com os detalhes no desenrolar da trama. Ao longo das cenas bem feitas, verifica-se algumas pistas que vão preparando o expectador para o clímax final como, por exemplo, antes de qualquer evento importante que envolve o sobrenatural, sempre surge em cena a cor vermelha em algum objeto, uma peça do vestuário dos personagens ou parte do cenário, e a forma como a câmera capta o rosto de Malcolm quando ele conversa com Cole no hospital, é como se ela quisesse antecipar a revelação final do filme.

Enfim, este filme surpreende o tempo todo devido à forma inovadora de M. Night contar uma boa história de fantasmas!

domingo, 24 de novembro de 2013

1001 Filmes - Volver

Opaaa... estreia hoje, uma nova coluna assinada pela Mestre (quase doutora) Orcione Pereira.

Trata-se algumas críticas sobre os filmes lançados no catálogo 1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer. Espero que gostem tanto a ponto de rever as produções indicadas aqui, ou caso ainda não tenham assistido, que aluguem no primeiro fim de semana... Divirtam-se!

Volver e a volta aos sentimentos
 
Volver (Espanha, 2006, 121 min) é um filme escrito e dirigido por Pedro Almodóvar que foi indicado para vários prêmios e venceu, entre eles, o Festival de Cannes nas categorias de melhor atriz e de melhor roteiro. Na categoria de melhor atriz, todo o elenco feminino composto por Penélope Cruz, Carmen Maura, Lola Dueñas, Blanca Portillo, Yohana Cobo e Chus Lampreave foi premiado.

O filme retrata a história de duas irmãs Sole (Lola Dueñas) e Raimunda (Penélope Cruz) que vivem suas vidas cotidianas se deparando com questões que, apesar de acontecer na vida de qualquer pessoa, nos convidam a pensar nas nossas próprias, tais como a morte, o abuso sexual, a luta diária, o reencontro, as questões (e segredos) familiares e afetivas. A primeira cena do filme mostra as irmãs, acompanhadas da filha de Raimunda, Paula (Yohana Cobo) em um cemitério lavando o túmulo dos pais e cantando junto com outras mulheres. Depois, elas viajam ao interior para visitar a Tia Paula (Chus Lampreave), recordam fatos do passado e levantam a hipótese de ter alguém cuidando da tia, no caso a mãe delas.

De volta a Madri, as irmãs continuam suas vidas até que um dia, ao retornar do trabalho, Raimunda se depara com o assassinato de seu marido pela sua filha, pois ele tenta abusar sexualmente dela. De forma protetora, ela dá um jeito no corpo do marido. Mas, na mesma noite, sua tia também falece e sua irmã, Sole, vai ao enterro sozinha e encontra o “fantasma” de sua mãe Irene (Carmen Maura) que retorna à Madri no porta-malas do carro da filha. Irene passa a viver com Sole em sua casa, como se fosse uma imigrante russa clandestina, e aos poucos ela reencontra a neta Paula e outra filha Raimunda, com a qual tem uma conversa onde se revelam alguns dos segredos que são fundamentais à trama do filme. No final, Sole, Raimunda, Paula e Irene retornam à casa da Tia Paula, e Irene resolver ficar e cuidar de Agustina (Blanca Portillo), vizinha da tia e amiga da família.

Volver em espanhol significa regressar, voltar, e neste filme, seu décimo-sexto longa-metragem, Almodóvar retorna ao universo feminino, abordado em outros filmes como “Mulheres à beira de um ataque de nervos”, ao mesmo tempo que retrata a morte em vários momentos como algo natural e posterior à vida, à passagem de todos nós. Sempre fiel ao seu estilo próprio, colorido e com doses de humor, ele consegue deixar o filme esteticamente muito bonito e leve, apesar de abordar temáticas sérias.

Nos momentos mais intensos do filme, pode-se perceber como as cores se integram às emoções das personagens muito bem interpretadas pelas atrizes, que são um show à parte. Apesar de algumas subtramas que se desenvolvem ficarem um pouco sem sentido, no geral o filme é muito bom e nos convida a pensar sobre várias questões. Vi e recomendo!