Especial - André San

Opaa... O Especial de hoje também está muito chique. Se de um lado o Renato é o fera em Cinema, do outro o André San (TELE-VISÃO) é tão bom quanto, se falarmos de Televisão. Um texto fino e da melhor qualidade pra você ficar por dentro dos acontecimentos da telinha nos últimos 3 anos.

A TV em Três Anos

Três anos não são três dias, muito menos três meses. Basta perceber que, há três anos, estreava no horário nobre global uma das novelas mais bacanudas de todos os tempos: A Favorita! Quem aí não tem saudades de Flora e Donatela cantando Beijinho Doce? Há três anos, entrava no ar o CQC, uma das principais novidades da televisão brasileira dos últimos tempos! Há três anos, a Record dava tiro n’água ao lançar Os Mutantes, continuação do sucesso Caminhos do Coração.

De lá pra cá, tanta coisa passou pela tela da TV. O que dizer da movimentação que abalou as estruturas de duas das principais emissoras do país? Foi só Gugu Liberato fechar as portas da Anhanguera e abrir as da Barra Funda, que começou o fogo cruzado entre SBT e Record. Na retaliação, Silvio Santos disse que Eliana e Roberto Justus eram “coisa nossa”. Na esteira, vieram Roberto Cabrini, Tiago Santiago e Richard Hasmussen.

E se o SBT recheou seu elenco de ex-Record, algumas pratas da casa se despediram. Além de Gugu, Hebe Camargo, outro ícone da antiga TVS, fez as malas e partiu para os domínios de Amílcare Dallevo. O todo-poderoso dono da RedeTV, aliás, emplacou a esposa Daniela Albuquerque em duas atrações diferentes. Manda quem pode... Até o futuro ex-sócio Marcelo de Carvalho resolveu dar uma de apresentador, disparando piadinhas dos tempos dos meus bisavós!

E a Band, que descobriu uma mina de ouro ao se associar à produtora Cuatro Cabezas? O casamento, que começou bem-sucedido com o CQC, ficou ainda mais fortalecido com os frutos que vieram a seguir: A Liga, E-24, Polícia 24 Horas, Agora É Tarde... Entre mortos e feridos, apenas O Formigueiro saiu chamuscado, mas o saldo é mais que positivo!

Nos três anos que se passaram, não faltaram bizarrices na tela da TV. O espírito zombeteiro de João Kleber pairou em novas atrações, como PopCorn TV (quem?) e Pegadinhas Picantes (ui?). Pessoas se transformaram em ratos de laboratório no pavoroso Solitários. Geraldo Luís e uma certa passarela suspensa se transformaram em estrelas vespertinas (o horror, o horror!). Dona Helena se casou com o Zé Mayer mais uma vez, mas o trocou pelo Thiago Lacerda. Dona Íris se rebelou e escreveu uma nota de classificado, onde anunciava a venda de um véu de noiva. Dona Luciana Gimenez disse “que mico!” e “olha meu shake!” 98343524756 vezes. O seu Juarez e a dona Araci, otimistas que são, continuam falando de coisa boa nos programas de fofoca. Donana Maria Braga se vestiu de Madonna, deu um pisão na Belinha e tomou aulas de etc com Sonia Abrão.

Maisa Silva correu de medo de um monstro no palco do Programa Silvio Santos. O apresentador disparou novas sentenças filosóficas que vão além da compreensão mundana, como “há-há-hi-hi”, “vem pra cá, sai pra lá” e “ai ai ai ui ui”. Pedro Bial encanta a todos, cada vez mais, com suas crônicas e poesias a cada eliminação do BBB. Mais mala que ele, só Britto Jr e sua afetação em A Fazenda.

Algumas coisas não mudaram. Datena continua pedindo imagens e tentando resolver os problemas do país no grito (grite mais alto, pois ainda não escutaram... ou eu tô errado?). Sonia Abrão segue cobrindo velórios (o do Michael Jackson, ela começou a cobrir logo que ele faleceu, no ano passado... e ainda não concluiu a cobertura). Daniel Bork não arreda o pé das manhãs da Band com suas receitas de quindão de chocolate. E Regina Duarte continua sofrendo de torcicolo.

Três anos são três anos! E que venham muitos mais!

Por André San 

Bom fim de semana!