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quarta-feira, 25 de março de 2009

Especial Superman

A Era de Bronze (1971-1986)

O período conhecido como Era de Bronze inicia-se com uma nova tentativa de reformulação do Superman pela DC Comics. Animados pela bem-sucedida reformulação do Batman pelas mãos de Denny O'Neil e Neal Adams, o então editor das revistas do Superman, Jullius Schwartz, convoca o mesmo O'Neil para dar uma revitalizada no Homem de Aço.

Superman julgado pelos guardiões de OA em "Must There be a Superman?"
O'Neil aceitou o desafio, mas sua reformulação seria diferente da que o herói sofreu nos anos 50, quando sua origem foi totalmente reformulada com a introdução do Superboy no passado do personagem. Assim como em Batman, o passado não seria alterado, mas uma
mudança no status do personagem no presente é o que seria feito.
Assim, o Planeta Diário é comprado pelo milionário Morgan Edge, dono da rede WGBS, que tira Clark Kent do jornal e o coloca para apresentar um telejornal da emissora. Uma reação em cadeia devido a uma experiência dos Laboratórios Star transforma toda a kryptonita do planeta em ferro, acabando com o único elemento capaz de destruir o Homem de Aço. Em compensação, o mesmo experimento cria uma duplicata do Superman feita de areia que acaba pegando um terço do poder do herói, enfraquecendo-o.
Porém, a reformulação não cumpriu com as expectativas, e o período ficaria marcado realmente por um roteirista que estrearia em
1972, na edição #247 de Superman. Eliot S! Maggin apresentava uma versão interessante e inovadora na época para o herói na história "Must There be a Superman?", onde questionava o papel do Superman no planeta. Até onde o herói deve ir para proteger a humanidade? Sua presença é realmente benéfica, ou ele impede a evolução do ser humano ao se intrometer nos assuntos da Terra?

Afinal, deve realmente haver um Superman?

A resposta indicaria o caminho que os roteiristas seguiriam pelos próximos anos, não só por roteiristasda época como Cary Bates mas também, por Mario Puzo e Richard Donner em Superman - O Filme, de 1978: a de que a verdadeira função do Superman é a de guiar a humanidade pelo caminho certo, e não impor sua vontade ou carregá-la nas costa.

Action Comics #500

Com essa mudança simples de abordagem, as histórias ganharam um novo tom. A ingenuidade da Era de Prata continuava presente, a origem da Terra 1 permanecia a mesma (como visto em Action Comics #500 de 1979), talvez a versão mais completa da trajetória do personagem, desde Krypton, passando pela sua fase como Superboy, até as histórias mais recentes na época), mas tudo isso era trabalhado sob uma nova visão, deixando um pouco de lado a fantasia exagerada e focando mais o otimismo e os sentimentos de esperança e inspiração que o personagem representava. Superman #400 de 1984 é o maior retrato disso, com histórias que mostram como a marca do Superman inspirou pessoas durante os séculos, desde seus primórdios até o futuro mais longínquo.
Além do Superman, Luthor também era outro cuja versão de Maggin influenciou diversos roteiristas até os dias de hoje, como Mark Waid, Grant Morrison e Mark Millar. Não apenas um cientista maligno querendo dominar o mundo, mas um visionário, um homem brilhante e à frente de seu tempo, que se voltou para o crime apenas por não ter tido o reconhecimento que merecia. Alguém com potencial para se tornar o maior benfeitor que o mundo já conheceu, mas que usava todo o seu talento para destruir o Superman e forçar a humanidade a reconhecer o seu gênio. Maggin apresentou um Luthor extremamente humano em histórias como
"The Luthor Nobody

nows" e "The Einstein Connection".

Algumas mudanças também ocorreram no universo do personagem. Em 1978, Lana Lang consegue um emprego na WGBS retornando para a vida de Clark, a cidade de Kandor finalmente é ampliada e os habitantes passam a viver num planeta desabitado em outra dimensão. Em 1983, Lex Luthor ganha uma armadura de combate que ficou famosa no clássico desenho dos Superamigos e Brainiac ganha um novo visual muito mais ameaçador do que antes.

Mas apesar de todas essas novas abordagens e visões sobre o conceito do personagem e de seu universo, alguns aspectos continuavam intocáveis como o fato do Superman jamais contar seu segredo para Lois Lane e assumir um relacionamento mais sério com a repórter. Tentativas de tornar o herói relevante de novo eram evidentes, mas o herói vinha perdendo força tanto nos quadrinhos quanto no cinema após o mau desempenho de Superman III. Tudo isso forçou a DC a tentar uma nova reformulação para colocar o herói em evidência novamente.

Mas dessa vez, seria uma reformulação radical, que mudaria tudo o que se conhecia do herói até então.

Fonte: Kal http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=22877969


Semana que vem continuamos com a Crise e as Crise nas Infinitas Terras.

Xaus

Um comentário:

  1. Nossa ! q novidade muito legal ....
    nun teim mais nada pra escrever so a dizer muito bom !

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